A Região Autónoma da Madeira é verdadeiramente uma sociedade dividida e, cada vez mais, regista-se ao aumento das assimetrias sociais, tudo isto após quase 50 anos de democracia, mas de poder único. As pessoas comuns sentem que a vida está mais complicada de enfrentar, as contas a pagar são muitas, os preços sempre numa "cavalgada" ascendente e o dinheiro já não chega para as necessidades mais básicas. Enquanto certos - e bem conhecidos - grupos económicos anunciam de poltrona lucros de muitos milhões, o cidadão "normal" vive em sobressalto dia após dia. Agricultura, pesca ou pequeno comércio, por exemplo, estão a travar épicas batalhas para se manterem de pé e muitas pessoas já não sabem o que lhes reserva o futuro e, consequentemente, das suas famílias, tudo isto apesar da inegável qualidade dos respectivos trabalhos que desenvolvem. Saúde ou habitação vivem sobre dois poderes de decisão, quando um único poder daria maior e mais eficaz fluidez aos inúmeros problemas que os atingem.
Um estudo recente, classificou a Madeira como a região que tem a maior taxa de risco de pobreza, de exclusão social e o pior poder de compra do país num universo de pouco mais de 250.000 habitantes. Citam, que um em cada cinco habitantes correm o risco de serem pobres. Enfim, com as eleições à porta, não será a hora dos diversos poderes políticos reflectirem e montarem uma estratégia de maior nivelamento em termos de qualidade de vida?
A maioria do povo certamente diria que sim!
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